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Estudo questiona 'sobrevivência do mais forte' de Darwin

Cientistas dizem que espaço para desenvolvimento da vida, e não competição, é o motor da evolução.

 

 

Charles Darwin talvez estivesse errado quando disse que a competição era a principal força impulsionando a evolução das espécies.
O autor de A Origem das Espécies, obra publicada em 1859 que lançou as bases da Teoria da Evolução, imaginou um mundo no qual os organismos lutavam por supremacia e em que apenas o mais forte sobrevivia.
Mas uma nova pesquisa identifica a disponibilidade de espaço para desenvolvimento de vida, em vez de competição, como o principal fator da evolução.
A pesquisa, conduzida pelo estudante de pós-doutorado Sarda Sahney e outros colegas da Universidade de Bristol, foi publicada na revista científica Biology Letters.
Eles usaram fósseis para estudar padrões de evolução ao longo de 400 milhões de anos.
Focando apenas em animais terrestres - anfíbios, répteis, mamíferos e pássaros - os cientistas descobriram que a quantidade de biodiversidade tem relação com o espaço disponível para a vida se desenvolver ao longo do tempo.
Ambiente
O conceito de espaço para a vida - conhecido na literatura científica como "conceito de nicho ecológico" - se refere às necessidades particulares de cada organismo para sobreviver. Entre os fatores estão a disponibilidade de alimentos e um habitat favorável à procriação.
A pesquisa sugere que grandes mudanças de evolução de espécies acontecem quando animais se mudam para áreas vazias, não ocupadas por outros bichos.
Por exemplo, quando os pássaros desenvolveram a habilidade de voar, eles abriram uma nova fronteira de possibilidades aos demais animais.
Igualmente, os mamíferos tiveram a chance de se desenvolver depois que os dinossauros foram extintos, dando "espaço para a vida" aos demais animais.
A ideia vai de encontro ao conceito darwinista de que uma intensa competição por recursos em ambientes altamente populosos é a grande força por trás da evolução.
Para o professor Mike Benton, co-autor do estudo, a "competição não desempenha um grande papel nos padrões gerais de evolução".
"Por exemplo, apesar de os mamíferos viverem junto com os dinossauros há 60 milhões de anos, eles não conseguiam vencer os répteis na competição. Mas quando os dinossauros foram extintos, os mamíferos rapidamente preencheram os nichos vazios deixados por eles e hoje os mamíferos dominam a terra", disse ele à BBC.
No entanto, para o professor Stephen Stearns, biólogo evolucionista da universidade americana de Yale, que não participou do estudo, "há padrões interessantes, mas uma interpretação problemática" no trabalho da Universidade de Bristol.
"Para dar um exemplo, se os répteis não eram competitivamente superiores aos mamíferos durante a Era Mesozoica, então por que os mamíferos só se expandiram após a extinção dos grandes répteis no fim da Era Mesozoica?"
"E, em geral, qual é o motivo de se ocupar novas porções de espaço ecológico, se não o de evitar a competição com outras espécies no espaço ocupado?" BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

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Cenas da natureza reduzem dor de pacientes com câncer, diz estudo

Combinação de fotos de rio na África e canto de pássaros aliviou sensação em biópsias.

 Uma combinação de imagens de belas cenas da natureza e música com sons relaxantes ajuda a amenizar dores de pacientes com câncer durante procedimentos invasivos como punções e biópsias, segundo cientistas americanos

 

Pesquisadores da Universidade de Baltimore fizeram testes para encontrar formas de aliviar a dor em pacientes submetidos a mielogramas, um exame doloroso em que é feita uma punção óssea.
Apenas com anestesia local, uma grande agulha é inserida em um osso, geralmente nas costas, de onde é retirada uma amostra da medula óssea. Tal procedimento pode prolongar-se por até dez minutos.
"Queríamos encontrar um jeito de tornar essa experiência mais tolerável", disse Noah Lechtzin, do departamento de medicina da Universidade de Baltimore.
"Então fizemos um estudo no qual pacientes olhavam dois tipos de imagem durante o exame: cenas da natureza acompanhadas de sons agradáveis ou cenas da cidade, com seus barulhos típicos."
A imagem relaxante mostrava uma região próxima às Cataratas Vitória, na Zâmbia, e era acompanhada de passarinhos cantando. A da cidade retratava uma rua movimentada, com vários carros e pessoas caminhando apressadamente.
Os pesquisadores mediram então o nível da dor dos grupos de pacientes e perceberam mudanças significativas.
Pacientes que fizeram o exame sem ver nenhuma foto registraram dores no nível 5,7 de uma escala conhecida como Hopkins Pain Rating.
Já os que observaram a paisagem natural relataram, em média, níveis 3,9 de dor.
Os pacientes que viram as fotos da cidade registraram índices semelhantes aos dos que não viram nenhuma imagem. Isso, segundo Lechtzin, prova que a redução da dor não é apenas uma questão de distrair o paciente.
"Acredito que há certos tipo de elementos na natureza que relaxam mais as pessoas", afirmou.
"Não seria interessante colocar uma foto de pedras que possam esconder animais perigosos. Mas cenas de água correndo, por exemplo, são muito úteis, especialmente se acompanhadas de sons de passarinhos cantando e do vento batendo nas árvores."
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Projeto espanhol tenta salvar lince da extinção

Entre os felinos, a espécie europeia é a mais ameaçada do planeta.

 O Projeto Lince Ibérico na Espanha comemora o sucesso do programa de reprodução em cativeiro e já planeja a reintrodução de alguns felinos à natureza. 

O animal é classificado como o felino mais ameaçado do planeta.
Cientistas monitoram os animais 24 horas por dia, e o projeto está dando resultados. Só neste ano, nasceram sete filhotes.
Os pesquisadores afirmam que estão otimistas sobre a possibilidade de retirar o lince ibérico da lista de animais ameaçados com a reintrodução deles na natureza.
Coleiras de rádio
Os poucos linces que sobrevivem em liberdade são monitorados por sinais de rádio emitidos por coleiras especiais.
Observando como os linces soltos se comportam, os cientistas esperam poder traçar a melhor estratégia para reintroduzi-los.
O maior desafio é encontrar territórios em que os felinos possam viver sem serem incomodados por humanos.
Um lince com filhotes chega a caçar cinco coelhos por dia. Para isso, precisa do espaço selvagem - cada vez mais raro na Espanha.   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

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Banco Mundial quer que países contabilizem custo da destruição ambiental

Presidente da instituição diz que nações destroem a natureza porque não têm noção do seu valor econômico.

Destruição ambiental custa entre US$ 2 bi e US$ 5 bi por ano, diz estudo
O Banco Mundial lançou um programa global cujo objetivo é ajudar países a incluir os custos da destruição da natureza nas contas públicas.
O presidente do banco, Robert Zoellick, disse que a destruição ambiental acontece em parte porque os governos não contabilizam o valor da natureza.
O programa foi anunciado durante a Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica em Nagoya, no Japão. Dez nações participarão do projeto na fase piloto - entre elas, Índia e Colômbia.
"Sabemos que o bem estar do homem depende de ecossistemas e biodiversidade", disse Zoellick. "Também sabemos que eles sendo degradados de forma alarmante."
"Uma das causas é o nosso fracasso em avaliar propriamente os ecossistemas e tudo o que fazem por nós - e a solução, portanto, está em contabilizar os serviços (oferecidos pelo) ecossistema quando os países fazem políticas."
O ministro do Meio Ambiente da Noruega, Erik Solheim, disse que reavaliar a natureza dessa forma obrigaria as empresas a mudar a forma como operam.
"Nós precisamos sair de uma situação onde os benefícios dos serviços do ecossistema são privatizados enquanto os custos são socializados", disse Solheim.
"Os custos totais do impacto negativo sobre os ecossistemas deve ser coberto pelos que recebem os benefícios de sua destruição."
Trilhões de Dólares
O novo programa toma como base as conclusões do estudo "A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade". A proposta é ajudar governos a embutir as revelações do estudo em suas políticas.
A principal conclusão da pesquisa, feita com o apoio da ONU, foi que a degradação do mundo natural está custando à economia global entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões por ano.
O estudo também concluiu que o valor econômico do mundo natural, em termos de sua provisão de água limpa, solo de boa qualidade, polinização e outros serviços, é negligenciado por governos por ser "invisível".
"Esse relatório (...) ajudou a definir a importância da biodiversidade de uma nova maneira", disse a secretária britânica do Meio Ambiente, Caroline Spelman.
"O que ficou absolutamente claro é que precisamos mudar a forma como atribuímos valor ao capital natural e serviços do ecossistema e integrá-los aos processos principais de tomada de decisões."
Spelman e Solheim indicaram que seus governos apoiam o programa.
Ameaças
Questionados se as empresas se oporiam a esse tipo de contabilidade ambiental porque ela afetaria seus balanços, Spelman diz que elas não farão objeções se entenderem as razões por trás dela.
"As abelhas, por exemplo, valem cerca de 440 milhões de libras (R$ 700 milhões) para a economia da Grã-Bretanha", diz ela.
"Quando você pensa em ter de substituir o que a natureza dá de graça, acho que não haveria reações negativas quando as pessoas compreenderem o que os serviços do ecossistema provêm."
Achim Steiner, diretor executivo do Programa Ambiental da ONU, acrescentou que uma análise recente mostrou que as companhias consideravam a perda de biodiversidade uma ameaça maior do que o terrorismo.
A informação veio originalmente de um relatório do Fórum Econômico Mundial, que indicou que as empresas viam 8% de probabilidade de que uma perda da biodiversidade as afetaria - principalmente por sujar sua reputação -, enquanto cerca de 4% viam o terrorismo internacional como uma ameaça.
"Alguns negócios tiram vantagem da legislação frouxa para fazer coisas que não poderão fazer no futuro", disse Steiner. "Mas muitos negócios estão procurando formas de minimizar seus riscos." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


 

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Países fecham acordo para proteger biodiversidade e dividir ganhos

Encontro em Nagoia, no Japão, aprova pacto que pode liberar até US$ 200 bi por ano para preservação.

 

Destruição ambiental custa entre US$ 2 bi e US$ 5 bi por ano, diz estudo
Representantes de mais de 190 países reunidos em Nagoia, no Japão, aprovaram nesta sexta-feira um acordo histórico que, se implementado, deve combater ameaças à biodiversidade até 2020 e dividir melhor os recursos obtidos pela exploração do material genético da natureza.
As principais decisões finais do 10º encontro da convenção da ONU sobre diversidade biológica (CBD, na sigla em inglês) são um protocolo sobre como dividir os benefícios representados pela biodiversidade (em inglês, Access and Benefits Sharing, ou ABS) e um plano de ação para proteger as espécies ameaçadas até 2020.
Ambos podem render muito ao Brasil. A estimativa é de que países ricos abram os cofres até 2012 para garantir cerca de US$ 200 bilhões por ano em investimentos de conservação na biodiversidade. A verba deve ser liberada a tempo para a segunda Cúpula da Terra, a ser realizada em 2012 no Rio de Janeiro.
Ainda não está claro, entretanto, de onde essa verba deve sair, uma vez que muitos países ricos se encontram em crise e já se comprometeram em dezembro do ano passado a levantar cerca de US$ 100 bilhões por ano para combater os efeitos das mudanças climáticas.
Os signatários têm agora um prazo de dois anos para estabelecer como o novo financiamento será feito.
Biopirataria
O valor da biodiversidade de cada país também deve entrar nas contas públicas, de forma a possibilitar os cálculos que vão nortear os investimentos internacionais.
Esta medida foi considerada um grande avanço, já que pela primeira vez atrela a diversidade biológica da natureza à economia.
Já o chamado ABS é fundamental para proteger os países da chamada biopirataria, o registro feito por indústrias como as farmacêuticas - na sua maioria com sede em países desenvolvidos - de substâncias retiradas de seres encontrados em outras regiões.
O acordo fechado nesta sexta-feira prevê o pagamento de royalties por propriedade intelectual aos países de origem do material. Com isso, países como o Brasil e outros donos de imensa biodiversidade poderão lucrar com o desenvolvimento de medicamentos obtidos a partir de plantas e animais locais.
Depois de intensas negociações, principalmente sobre ABS, o acordo foi elogiado por ambientalistas.

"O protocolo de Nagoia é uma conquista histórica, que garante que o valor muitas vezes imenso dos recursos genéticos seja mais justamente dividido", disse Jim Leape, diretor-geral da organização ambientalista WWF.
Entre as decisões de Nagoia também está uma meta de proteção de 17% das áreas em terra firme, que até 2010 estava em 13%.
Os ministros de meio ambiente concordaram ainda em proteger 10% das áreas marinhas e costeiras, entre elas o alto mar. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

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Natureza aplicada à vida cotidiana

Campo novo da ciência, a biomimética imita formas e processos do ambiente e tem servido de inspiração para produtos e tecnologias

21 de novembro de 2010 | 0h 00
 
Andrea Vialli e Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
Olhar a natureza e nela buscar inspiração para a ciência, a tecnologia, o design, a arquitetura, a medicina. Área nova da ciência, a biomimética - que literalmente significa imitação da vida - estuda as estruturas biológicas e suas funções, procurando aprender com a natureza soluções que podem ser aplicadas no cotidiano. É também uma ferramenta para impulsionar a inovação em sintonia com o meio ambiente e vem sendo chamada de "a nova revolução industrial".
É o que aponta a americana Janine Benyus, uma das estudiosas da matéria. Autora de Biomimética - Inovação Inspirada pela Natureza - ela preside, em Boston (EUA), um centro de estudos sobre o tema, o Biomimicry Institute. De lá saem muitos dos estudos sobre novas aplicações da biomimética.
Alguns exemplos podem ser vistos nesta página e vão desde turbinas eólicas inspiradas nas nadadeiras das baleias até o prosaico velcro - criado em 1941 pelo engenheiro suíço George de Mestral a partir da observação dos espinhos e ganchos das sementes de grama que se prendiam nos pêlos de seu cachorro.
Aplicações. No Brasil, um dos estudiosos do assunto é o designer Fred Gelli, da agência Tátil Design, do Rio de Janeiro. Há 20 anos ele estuda o conceito e tenta aplicá-lo a embalagens, objetos e espaços físicos, que já lhe renderam vários prêmios de design. Agora, junto com a Fundação Getúlio Vargas de Curitiba, tem se dedicado a aplicar a biomimética ao mundo empresarial, em um núcleo batizado de Bionegócios.
"De modo geral, a biomimética tem sido muito utilizada em razão de seus aspectos funcionais, como o prédio na África inspirado em um cupinzeiro", diz Gelli (veja exemplo nesta página). Segundo ele, o projeto permitiu uma redução de 65% no consumo de energia do edifício. "A biomimética pode ser uma grande aliada na busca pela sustentabilidade, pois se inspira na natureza e não tenta subjugá-la", diz.
Outro exemplo de aplicação prática da biomimética na indústria é a borboleta do gênero Morpho. Sua estrutura de cristais que refletem a luz já foi utilizada pela indústria têxtil e serviu de inspiração para uma linha de maquiagem que será lançada pela multinacional de cosméticos L"Oreal. A fabricante americana de carpetes Interface, companhia que tem um plano abrangente para reduzir ao máximo seu impacto ambiental, também bebeu na fonte da biomimética. A empresa se inspirou na composição do solo da floresta para lançar carpetes em módulos, que podem ser repostos à medida que se desgastam, sem ser necessária a troca completa.
Um dos vários projetos em que Gelli trabalhou no Brasil foi em embalagens para cosméticos, que ainda não chegaram ao mercado, inspiradas no formato de folhas, com nervuras que permitiriam o aproveitamento total do produto.
Outra empresa que tem buscado inspiração na natureza é a Bausch & Lomb, que fabrica produtos oftalmológicos. Entre os produtos biomimetizados estão uma lente para correção de catarata inspirada no desenho do cristalino, que imita as características da superfície ocular. Em 2011, a empresa lança no Brasil uma solução de limpeza para lentes de contato com o pH da lágrima humana, o que deve reduzir a reação alérgica a esse tipo de produto. "Isso é bastante novo em oftalmologia. Mas num futuro próximo veremos inúmeras soluções da biomimética aplicadas à medicina", aposta Gary Orsborn, diretor de cuidados médicos da Busch & Lomb nos EUA e responsável pelo desenvolvimento dos produtos.

 

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ONG britânica oferece cursos para salva-vidas de baleia

Entidade tem 2.500 voluntários de prontidão para salvar mamíferos marinhos encalhados na costa da Grã-Bretanha.

07 de dezembro de 2010 | 7h 00
 
Uma entidade britânica está oferecendo cursos para voluntários que queiram se tornar especialistas em primeiros socorros de mamíferos marinhos.
A ONG British Divers Marine Life Rescue (BDMLR) já formou 2.500 especialistas que ficam de prontidão em vários pontos do país para salvar mamíferos marinhos - entre eles, golfinhos e baleias - encalhados nas praias da Grã-Bretanha.
Segundo especialistas, o número de encalhamentos tem aumentado e atualmente chega a 500 por ano.
Em um caso recente, o diretor da entidade, o biólogo Alan Knight, viajou por terra, água e ar para atender a um chamado de emergência: uma baleia corcunda corria risco de vida porque sua cauda havia ficado presa em uma corda na região das ilhas Shetlands, na costa da Escócia.
Mas o resgate que empolgou os britânicos ocorreu em 2006, quando a BDMLR participou da operação de salvamento de uma baleia que ficou encalhada em um trecho londrino do rio Tâmisa.
A mega-operação, que teve participação também do corpo de bombeiros, da polícia e da autoridade portuária de Londres, foi transmitida ao vivo pela TV britânica.
Infelizmente, a baleia, da espécie Hyperoodon ampullatus, ou nariz de garrafa do norte, acabou morrendo.
Porém, em entrevista à BBC, Alan Knight disse que ele e sua equipe aprenderam lições valiosas com a experiência.
"Estudos de patologia nessa e em outras baleias que morreram durante resgates nos ajudaram a entender o que acontece quando as baleias encalham na praia", disse o biólogo. "Como resultado, nós mudamos nossos procedimentos."
Segundo Knight, quando os músculos da baleia se rompem, ocorre a liberação de uma substância chamada mioglobina, que bloqueia o funcionamento dos rins do animal, contribuindo para a sua morte.
"Hoje em dia, sabemos que, para evitar o sofrimento do animal, devemos fazê-lo dormir antes de tentar resgatá-lo".
Encalhamentos
Estudos feitos por especialistas em todo o mundo mostram que as baleias, assim como outros cetáceos, estão sob crescente ameaça por atividades humanas.
Entre os perigos, estão redes de pesca lançadas por navios pesqueiros, choques entre barcos e animais e substâncias poluentes que enfraquecem sua imunidade.
No caso específico das baleias, os cientistas acreditam que o sistema natural de orientação que utilizam para navegar pelos mares esteja sendo perturbado pelos sonares de navios de guerra.
Isso poderia explicar, ao menos parcialmente, um aumento de 25% no número de encalhamentos registrado em anos recentes.
Tomando como exemplo o caso da baleia que encalhou no Tâmisa, Alan Knight especula:
"Sabemos do que essas baleias se alimentam e sabemos que esse tipo de alimento não está disponível no Mar do Norte. Ela deveria ter cruzado pelo topo da Escócia, em direção às águas profundas do Atlântico Norte."
"Acreditamos que ela estava tentando nadar para o oeste, seguindo a rota normal de migração, mas acabou entrando no Tâmisa. Aquela baleia já devia estar em sofrimento considerável quando desceu (para o Tâmisa)", disse o biólogo.
Uma outra possível explicação, mais positiva, para o aumento nos encalhamentos, seria o aumento nas populações de baleias em consequência das restrições à pesca.
ONG
A BDMLR foi fundada em 1990 e se baseia inteiramente em trabalho voluntário, com membros de prontidão 24 horas por dia durante todo o ano.
A entidade treina especialistas em primeiros socorros de mamíferos marinhos e possui vários tipos de equipamentos posicionados em locais estratégicos em todo o país. Há barcos de resgate, dispositivos de flutuação para os animais e kits para desembaraçá-los de redes, entre outros materiais.
Alan Knight, que também é presidente da ONG International Animal Rescue, disse que não é necessária qualquer experiência prévia em mergulho ou em medicina para se tornar voluntário.
"Eu encorajaria qualquer um a integrar nossa equipe. É uma experiência muito gratificante". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 



 

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Biodiversidade mapeada via Google Maps

Por Gustavo Bonfiglioli – Especial para o Planeta
O Biomapas é um projeto online de mapeamento interativo da biodiversidade brasileira pelo Google Maps, parceria da Petrobrás com o Google. Na sexta-feira, será inaugurada a segunda etapa do site, que inclui um mapa da fauna marinha na costa brasileira, com 16 espécies de golfinhos, baleias, botos e tartarugas, distribuídas em 100 pontos que marcam expedições marinhas onde as espécies foram identificadas. Os marcadores linkam a fotos, vídeos e textos explicativos.

Com proposta educativa, o Biomapas foi ideia do Centro de Pesquisa da Petrobrás, que procurava uma maneira de aproveitar a base de dados resultante das expedições florestais e marinhas realizadas pela companhia para monitoramento ambiental.
“O Google nos procurou perguntando se havia algo que poderia render uma parceria. O Centro de Pesquisa avaliou que seria uma boa oportunidade para aproveitar os dados”, explica Rodrigo Freire, do Núcleo de Comunicação Digital da Petrobrás.
Em abril de 2010, foi inaugurado o primeiro mapa interativo, com espécies da fauna e flora da região petrolífera de Urucu, no município de Coari (AM), na floresta amazônica. Na região foi construído um gasoduto para escoar a produção de gás natural para Manaus, inaugurado em 2009 e que custou R$ 4,5 bilhões, considerado uma obra de alto passivo ambiental. Com base no monitoramento de impactos ao meio ambiente do empreendimento, é levantada a base de dados.
Da mesma forma, o mapeamento da biodiversidade marinha de toda a costa brasileira foi colocado nas imagens de satélite públicas do Google Maps. A perspectiva para as próximas ampliações do projeto a curto-prazo, segundo Freire, é colocar novas espécies da fauna marinha, já que só foram contemplados golfinhos, baleias, botos e tartarugas. “Ficou faltando falar dos peixes mais recorrentes na costa brasileira, além de outros animais”, explica.
Para essa nova etapa do projeto, também envolveram-se instituições parceiras como a Fiocruz, a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (FIOTEC), a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca – ENSP, o projeto Tamare o Instituto Baleia Jubarte.

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Buraco da camada de ozônio sobre a Antártida é o menor em 5 anos

Abertura ocupa área de 22 milhões de km²; impacto diminuiu após proibição de produtos nocivos.

 SYDNEY - O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida se reduziu ao seu menor tamanho nos últimos cinco anos, indicou nesta sexta-feira, 3, o Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia.

Os cientistas calculam que o tamanho do buraco é de 22 milhões de km², dois milhões menos que em 2009. A maior área foi registrada em 2000: 29 milhões de km².
O deficit da massa de ozônio também se reduziu, a 27 milhões de toneladas, sensível melhora se comparado com as 35 milhões de toneladas de 2009 e as 43 milhões de 2000.
"Podemos dizer que o buraco na camada de ozônio está melhorando, de acordo com as observações deste ano", disse o cientista Stephen Wood, que apontou que as iniciativas internacionais como o Protocolo de Montreal, de 1987, estão dando resultados.
O impacto sobre a camada de ozônio, que protege a Terra das radiações ultravioleta, diminuiu após a proibição de produtos como o clorofluorcarbono (CFC), usado em refrigeradores e aerossóis, desde o acordo de Montreal.

 

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Nanotecnologia aumenta sucesso de transplante

Resultado em coelhos aponta estratégia promissora, também eficaz contra aterosclerose; Incor pretende começar testes em humanos.

Pesquisadores do Instituto do Coração (Incor-USP) pretendem lançar mão da nanotecnologia para aumentar os índices de sucesso em transplantes cardíacos e no tratamento de aterosclerose.

Em testes com coelhos, os cientistas conseguiram diminuir em 50% as complicações - semelhantes a aterosclerose - que costumam afetar transplantados. Também reduziram em 60% as lesões nas artérias dos coelhos causadas por uma dieta rica em colesterol.
Segundo Noedir Stolf, presidente do Incor, os testes clínicos em transplantados podem começar em breve. "Primeiro, vamos experimentar a abordagem em pacientes que já apresentaram algum tipo de complicação depois do procedimento", afirma Stolf. "Mas creio que a estratégia será interessante como forma de prevenção das complicações."
Os testes para tratar aterosclerose também estão prestes a começar, aponta Raul Cavalcante Maranhão, que apresentou vários resultados da pesquisa durante a 25.ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), no fim de agosto.
Câncer. Maranhão começou a pesquisar nanopartículas em 1987. "Naquela época, ainda nem existia o nome", recorda. Ele queria criar partículas sintéticas de LDL - vulgarmente conhecido como mau colesterol e associado a enfartes e AVCs. A síntese em laboratório pouparia o trabalho de extrair a LDL natural. A princípio, as nanopartículas só seriam usadas em pesquisas. Com o tempo, revelaram papéis muito mais promissores.
Maranhão percebeu que, ao injetar as nanopartículas de LDL em coelhos com câncer, o tumor absorvia-as com avidez. Havia uma explicação: células cancerosas necessitam de lipídeos para crescer e se multiplicar. Por isso, elas aumentam na membrana a concentração de receptores que trazem para dentro da célula as partículas de LDL.
Naturalmente surgiu a ideia de associar quimioterápicos às nanopartículas. Assim, um medicamento que seria dispersado para todo o corpo pode ser entregue com precisão no tumor. "Diminuímos muito a toxicidade, mantendo, no mínimo, uma idêntica eficácia", diz Maranhão. Com o tempo, os pesquisadores decidiram usar as mesmas nanopartículas para tratar aterosclerose. Maranhão percebeu que elas também se acumulavam nas regiões das artérias onde surgiam lesões características da doença.
A aterosclerose é fruto de um processo inflamatório dos vasos sanguíneos. O tratamento normalmente se reduz à desobstrução de artérias entupidas ou à administração de medicamentos que controlam variáveis associadas ao risco vascular, como a pressão e o colesterol.
Nanopartículas de LDL com o quimioterápico paclitaxel reduziram em até 60% as lesões ateroscleróticas em coelhos. O paclitaxel é, antes de mais nada, uma droga antiproliferativa. Nas inflamações que acompanham a aterosclerose é comum ocorrer a proliferação de macrófagos e do tecido muscular que reveste as artérias. O medicamento carregado pelas nanopartículas corrige os danos da inflamação.
"A doença coronária do transplante cardíaco é "parente" da aterosclerose clássica", explica Stolf. Nas duas situações, surgem placas que podem obstruir os vasos. As semelhanças motivaram o diretor do Incor a testar as nanopartículas com quimioterápicos em um esforço para melhorar a sobrevida depois dos transplantes. Cerca de 10% dos transplantados apresentam algum tipo de alteração na coronária um ano depois do procedimento. Cinco anos depois, o porcentual sobe para 50%. Um quarto das pessoas que se submetem à cirurgia desenvolve lesões ateroscleróticas graves.
"É a principal complicação que limita a sobrevida tardia do doente (período que começa um ano depois do transplante)", afirma Stolf. Em coelhos, as alterações na coronária diminuíram 50% com a nanotecnologia. "Agora, vamos associar também (a droga) metotrexate. A eficácia deve ser ainda maior", considera o diretor do Incor.
Ele acredita que, no futuro, será possível associar as nanopartículas de LDL a imunossupressores que evitam a rejeição do transplante, mas possuem vários efeitos adversos. "Desta forma, a toxicidade diminuirá muito", aponta o pesquisador.

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Cientistas criam novo material capaz de resistir a altas temperaturas

Feito totalmente de carbono, ele pode fluir e esticar lentamente.

 

Pesquisadores do Japão inventaram um novo material que é capaz de suportar temperaturas extremas e que, esperam seus criadores, poderá ser usado nos motores de carros e naves espaciais. 

Feito totalmente de carbono, ele pode  fluir e esticar lentamente, como mel grosso, e retorna à forma original, disse a cientista de materiais Xu Ming, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão.
"Ele parece uma esponja metálica porosa, é feito de trilhões de nanotubos", disse ela. "Quando você o estica e solta, ele retorna devagar (à forma original)".
Uma descrição da invenção aparece na edição desta semana da revista Science.
Os tubos de carbono, com 5 nanômetros de diâmetro, crescem numa mistura de silício, ferro e água, e são capazes de manter forma e função numa gama de temperaturas que vai de -196º C a 1.000º C, num ambiente sem oxigênio.

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Cientistas analisam tipos de alga que teriam um bilhão de anos

Para especialistas, descoberta pode mudar radicalmente teorias sobre origem das plantas verdes atuais.

 


Cientistas que estudavam duas espécies de algas que crescem em regiões profundas dos oceanos concluíram que elas podem ter surgido a cerca de um bilhão de anos e seriam verdadeiros "fósseis vivos".
A descoberta, feita por uma equipe de pesquisadores nos Estados Unidos e da Bélgica, pode transformar as teorias sobre quais plantas seriam as precursoras de todas as plantas verdes existentes hoje.
Os estudiosos recolheram amostras de algas que já eram conhecidas e pertenciam a dois gêneros, Palmophyllum e Verdigellas.
Elas foram encontradas a cerca de 200 metros no fundo do mar e, segundo os estudiosos, possuem pigmentos especiais que permitem aproveitar a luz que chega a essa profundidade para fazer a fotossíntese.
Os cientistas foram os primeiros a analisar o genoma dos dois organismos. E foi esta análise que revelou a impressionante origem dessas algas.
As conclusões da equipe foram publicadas na revista científica Journal of Phycology. 
Diferentes
As plantas verdes até hoje foram classificadas em dois grandes grupos, ou clados - grupos de espécies com um ancestral comum.
Um deles inclui todas as plantas terrestres e as algas verdes com estruturas mais complexas, conhecidas como carófitas. O outro clado, o das clorófitas, abrange todas as algas verdes restantes.
A maioria dos estudos feitos anteriormente tentou determinar quais plantas antigas deram origem às carófitas, mas houve poucas pesquisas sobre a origem das outras algas verdes.
O cientista Frederick Zechman, da California State University, em Fresno, e sua equipe coletaram e estudaram amostras de Palmophyllum encontradas na região da Nova Zelândia (Oceano Pacífico), e Verdigellas da região oeste do Atlântico.
Elas são bastante peculiares, porque embora sejam multicelulares, cada uma de suas células não parece interagir com as outras de forma significativa.
Cada célula está acomodada sobre uma base gelatinosa que pode dar origem a formas complexas, como caules.
Os cientistas analisaram o DNA nas células das algas e concluíram que, em vez de pertencer ao clado das clorófitas, as duas espécies pertenceriam, na verdade, a um grupo novo e distinto de plantas verdes, que é incrivelmente antigo.
Algas analisadas têm estrutura celular diferente de outras
Os cientistas acham que elas são tão diferentes, que deveriam ser classificadas em uma ordem própria.
"Ao compararmos essas sequências genéticas aos mesmos genes em outras plantas verdes, descobrimos que essas algas verdes estão entre as primeiras plantas verdes divergentes, ou seriam talvez a primeira linhagem divergente de plantas verdes", disse Zechman à BBC.
Se este for o caso, segundo o cientista, essas algas poderiam ter surgido há um bilhão de anos.
Progenitoras das Plantas
Para ele, a descoberta poderia "transformar" nossa visão sobre que planta verde foi o ancestral de todas as que existem hoje.
Até o presente, os cientistas acreditavam que a progenitora das plantas verdes seria uma planta unicelular com uma estrutura em forma de cauda chamada flagelo, que permitia que a planta se movesse na água.
Mas a equipe de Zechman não encontrou flagelos nas algas observadas, o que pode ser uma indicação de que as plantas verdes mais antigas do planeta podem não ter tido flagelos.
Zechman disse que as algas estudadas por sua equipe podem ser qualificadas como "fósseis vivos", embora não se tenha conhecimento da existência de fósseis reais dessas algas.
Sua habilidade de utilizar luz de intensidade baixa permite que cresçam em águas profundas - o que pode ser a chave de sua impressionante longevidade.
Em profundezas como essas, as plantas sofrem menos perturbações provocadas por ondas, variações de temperatura e por predadores herbívoros que poderiam se alimentar delas.
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