Empresas ecologicamente corretas
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Tudo Pela Natureza
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Produtos de qualidade já não são diferenciais. Imagem de empresa grande já não tem o mesmo efeito que antigamente. Está chegando a hora de bons negócios para empresas que se identificam com seus clientes. Empresas que mostrem personalidade. Empresas que investem em talentos. E uma nova tendência está se formando em diversos mercados. As empresas estão tornando seus produtos ecologicamente corretos. Até que enfim, isso é bom para todos nós.
É uma boa oportunidade, para o seu negócio, criar uma imagem de empresa com resposabilidade social. Uma empresa que se preocupa com o meio ambiente, que defende a natureza e que realmente importa-se com a qualidade de vida das pessoas, não importando se elas são seus clientes ou não. A humanidade agradeçe, e está dando bastante espaço para empresas com esse perfil.
Os exemplos são muitos. Temos aí o Linux como o sistema operacional mais correto ecologicamente, bancos mantendo campanhas de solidaridade social e até carnaval ecologicamente correto. Inclusive o setor de contrução civil está investindo em madeira certificada e, apesar da madeira se tornar um pouco mais cara, empresas de moveleiras estão começando a utilizar este tipo de matéria prima na confecção de seus produtos.
Também encontrei um artigo muito interessante, falando sobre as agências brasileiras que, em sua maioria, não sabem aproveitar o ecologicamente correto.
O que as empresas podem fazer para ajudar?
•Conscientizar para a redução do consumo de água, de energia e de viagens rodoviárias e aéreas, indicando, neste caso, o uso maior de tele e videoconferências;
•Substituir a frota de veículos a gasolina por veículos bi combustíveis, pois o álcool é menos poluente que o petróleo;
•Reciclar o papel e o lixo confidencial;
•Introduzir o papel reciclado no material utilizado pelo banco;
•Sensibilizar e conscientizar todos os colaboradores, por meio de campanhas institucionais – informação;
•Usar a impressão centralizada, reduzindo o consumo de papel, toner e tinta;
•Classificar e selecionar fornecedores socialmente responsáveis;
•Praticar a coleta seletiva nos centros administrativos e agências.
O que eu posso fazer a respeito?
•Prefira abrir as cortinas da janela a usar luz elétrica. Você economiza e preserva;
•Ao escovar os dentes, mantenha a torneira fechada. Assim, você evita o desperdício de água;
•Pilhas, baterias e remédios vencidos não são recicláveis. Informe-se sobre o horário de coleta desses materiais;
•Para curtas distâncias, prefira caminhar ao usar seu carro. Você não polui e ainda se exercita;
•Comece separando o lixo em casa. Separe metais, plásticos, vidros, papéis e orgânicos;
Se interessou? Quer saber mais? Então confira alguns sites sobre o assunto.
•http://www.florestasdofuturo.org.br/
•http://www.porummundomaisfeliz.org.br/
Colabore com o meio ambiente. Prefira ser cliente de empresas ecologicamente corretas.
Fonte: http://matheuszeuch.com/prefira-empresas-ecologicamente-corretas/
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É uma boa oportunidade, para o seu negócio, criar uma imagem de empresa com resposabilidade social. Uma empresa que se preocupa com o meio ambiente, que defende a natureza e que realmente importa-se com a qualidade de vida das pessoas, não importando se elas são seus clientes ou não. A humanidade agradeçe, e está dando bastante espaço para empresas com esse perfil.
Os exemplos são muitos. Temos aí o Linux como o sistema operacional mais correto ecologicamente, bancos mantendo campanhas de solidaridade social e até carnaval ecologicamente correto. Inclusive o setor de contrução civil está investindo em madeira certificada e, apesar da madeira se tornar um pouco mais cara, empresas de moveleiras estão começando a utilizar este tipo de matéria prima na confecção de seus produtos.
Também encontrei um artigo muito interessante, falando sobre as agências brasileiras que, em sua maioria, não sabem aproveitar o ecologicamente correto.
O que as empresas podem fazer para ajudar?
•Conscientizar para a redução do consumo de água, de energia e de viagens rodoviárias e aéreas, indicando, neste caso, o uso maior de tele e videoconferências;
•Substituir a frota de veículos a gasolina por veículos bi combustíveis, pois o álcool é menos poluente que o petróleo;
•Reciclar o papel e o lixo confidencial;
•Introduzir o papel reciclado no material utilizado pelo banco;
•Sensibilizar e conscientizar todos os colaboradores, por meio de campanhas institucionais – informação;
•Usar a impressão centralizada, reduzindo o consumo de papel, toner e tinta;
•Classificar e selecionar fornecedores socialmente responsáveis;
•Praticar a coleta seletiva nos centros administrativos e agências.
O que eu posso fazer a respeito?
•Prefira abrir as cortinas da janela a usar luz elétrica. Você economiza e preserva;
•Ao escovar os dentes, mantenha a torneira fechada. Assim, você evita o desperdício de água;
•Pilhas, baterias e remédios vencidos não são recicláveis. Informe-se sobre o horário de coleta desses materiais;
•Para curtas distâncias, prefira caminhar ao usar seu carro. Você não polui e ainda se exercita;
•Comece separando o lixo em casa. Separe metais, plásticos, vidros, papéis e orgânicos;
Se interessou? Quer saber mais? Então confira alguns sites sobre o assunto.
•http://www.florestasdofuturo.org.br/
•http://www.porummundomaisfeliz.org.br/
Colabore com o meio ambiente. Prefira ser cliente de empresas ecologicamente corretas.
Fonte: http://matheuszeuch.com/prefira-empresas-ecologicamente-corretas/
Benefícios das empresas amigas da natureza
Muitas empresas já fazem campanhas de marketing envolvendo ações que beneficiam a natureza e a qualidade de vida de seus clientes e colaboradores. A tendência é cada vez mais as empresas se tornarem ecologicamente corretas. Os benefícios são muitos.
Quando sugeri para que você preferisse empresas ecologicamente corretas, não pensei que estávamos tão próximos de uma forte tendência. De lá pra cá, observei que surgiram inúmeras manchetes, reportagens e artigos em revistas, sites e canais de tv sobre empresas que estão atentas e ligadas à preservação do meio ambiente. O quê começou com o objetivo de melhorar a imagem da empresa, agora está sendo utilizada para outros fins. São muitos os benefícios para as organizações amigas da natureza.
Nos benefícios de curto prazo, podemos identificar a melhoria na produtividade da empresa, que ocorre quando seus colaboradores associam os esforços da empresa em pról da natureza com uma melhoria na qualidade de vida. Pessoas felizes são mais saudáveis. Funcionários saudáveis produzem mais. Empresa produtiva fatura mais.
Há longo prazo os benefícios são melhores ainda. Os investimentos e esforços iniciais logo se transformam em economia para a empresa ligada ao meio ambiente. Painéis para captação da energia solar, reutilização da água, reciclagem de papéis, de plásticos e de metais podem fazer afetar de maneira positiva no caixa da empresa. Inclusive, mês passado saiu uma reportagem na Planeta Sustentável entitulada “Os prédios verdes são mais lucrativos“, onde um arquiteto especializado em prédios ecologicamente corretos fala sobre aumento de produtividade e redução de custos, benefícios reais que seus clientes obtiveram com práticas de preservação da natureza.
Se cada empresa e cada pessoa ajudar com o que puder, nossa qualidade de vida melhorará. Não basta ficar ligados, temos que colocar a mão na massa também.
Fonte: http://matheuszeuch.com/beneficios-das-empresas-amigas-da-natureza/
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Quando sugeri para que você preferisse empresas ecologicamente corretas, não pensei que estávamos tão próximos de uma forte tendência. De lá pra cá, observei que surgiram inúmeras manchetes, reportagens e artigos em revistas, sites e canais de tv sobre empresas que estão atentas e ligadas à preservação do meio ambiente. O quê começou com o objetivo de melhorar a imagem da empresa, agora está sendo utilizada para outros fins. São muitos os benefícios para as organizações amigas da natureza.
Nos benefícios de curto prazo, podemos identificar a melhoria na produtividade da empresa, que ocorre quando seus colaboradores associam os esforços da empresa em pról da natureza com uma melhoria na qualidade de vida. Pessoas felizes são mais saudáveis. Funcionários saudáveis produzem mais. Empresa produtiva fatura mais.
Há longo prazo os benefícios são melhores ainda. Os investimentos e esforços iniciais logo se transformam em economia para a empresa ligada ao meio ambiente. Painéis para captação da energia solar, reutilização da água, reciclagem de papéis, de plásticos e de metais podem fazer afetar de maneira positiva no caixa da empresa. Inclusive, mês passado saiu uma reportagem na Planeta Sustentável entitulada “Os prédios verdes são mais lucrativos“, onde um arquiteto especializado em prédios ecologicamente corretos fala sobre aumento de produtividade e redução de custos, benefícios reais que seus clientes obtiveram com práticas de preservação da natureza.
Se cada empresa e cada pessoa ajudar com o que puder, nossa qualidade de vida melhorará. Não basta ficar ligados, temos que colocar a mão na massa também.
Fonte: http://matheuszeuch.com/beneficios-das-empresas-amigas-da-natureza/
Licenciamento Ambiental Federal
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e possui como uma de suas mais expressivas características a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas como parte do processo.
Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo Ibama, como partes integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental.
As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, o Ministério do Meio Ambiente emitiu recentemente o Parecer nº 312, que discorre sobre a competência estadual e federal para o licenciamento, tendo como fundamento a abrangência do impacto.
A Diretoria de Licenciamento Ambiental é o órgão do Ibama responsável pela execução do licenciamento em nível federal. A Diretoria vem realizando esforços na qualificação e na reorganização do setor de licenciamento, e disponibiliza aos empreendedores módulos de: abertura de processo, atualização de dados técnicos do empreendimento, solicitação de licença, envio de documentos e boletos de pagamento de taxas do licenciamento em formato on line.
Pretende-se que o sistema informatizado agilize os trabalhos e as comunicações inerentes ao processo de licenciamento e permita maior visibilidade e transparência para os processos de licenciamento em tramitação no Ibama.
Processo de Licenciamento
O processo de licenciamento ambiental possui três etapas distintas: Licenciamento Prévio, Licenciamento de Instalação e Licenciamento de Operação.
Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao IBAMA na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Essa licença não autoriza a instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua localização e concepção tecnológica. Além disso, estabelece as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto executivo.
Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou instalação do empreendimento. O prazo de validade dessa licença é estabelecido pelo cronograma de instalação do projeto ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem desmatamento depende, também, de "Autorização de Supressão de Vegetação".
Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e superior a 10 (dez) anos.
O Ibama durante o processo de licenciamento ouve os Órgãos Ambientais (OEMAs) envolvidos no licenciamento e os Órgãos Federais de gestão do Patrimônio Histórico (IPHAN), das Comunidades Indígenas (FUNAI), de Comunidades Quilombolas (Fundação Palmares), de controle de endemias (FUNASA), entre outros.
No processo de licenciamento os estudos ambientais são elaborados pelo empreendedor e entregues ao Ibama para análise e deferimento. Para cada etapa do licenciamento há estudos específicos a serem elaborados.
Para subsidiar a etapa de LP, sendo o empreendimento de significativo impacto ambiental, o empreendedor encaminha ao Ibama o EIA/RIMA. Para os demais empreendimentos estudos mais simplificados são requeridos. O EIA é um documento técnico-científico compostos por: Diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico; Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas; Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos e elaboração de medidas mitigadoras dos impactos negativos; e Programas de Acompanhamento e Monitoramento. O RIMA é o documento público que reflete as informações e conclusões do EIA e é apresentado de forma objetiva e adequada a compreensão de toda a população. Nessa etapa são realizadas Audiências Públicas para que a comunidade interessada e/ou afetada pelo empreendimento seja consultada.
Para subsidiar a etapa de LI o empreendedor elabora o Plano Básico Ambiental e se a obra implicar em desmatamento é também elaborado o Inventário Florestal, para apoiar a decisão sobre o deferimento da Autorização de Supressão de Vegetação.
Para subsidiar a etapa de LO o empreendedor elabora um conjunto de relatórios descrevendo a implantação dos programas ambientais e medidas mitigadoras previstas nas etapas de LP e LI.
fonte: http://www.ibama.gov.br/licenciamento/
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Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo Ibama, como partes integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental.
As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, o Ministério do Meio Ambiente emitiu recentemente o Parecer nº 312, que discorre sobre a competência estadual e federal para o licenciamento, tendo como fundamento a abrangência do impacto.
A Diretoria de Licenciamento Ambiental é o órgão do Ibama responsável pela execução do licenciamento em nível federal. A Diretoria vem realizando esforços na qualificação e na reorganização do setor de licenciamento, e disponibiliza aos empreendedores módulos de: abertura de processo, atualização de dados técnicos do empreendimento, solicitação de licença, envio de documentos e boletos de pagamento de taxas do licenciamento em formato on line.
Pretende-se que o sistema informatizado agilize os trabalhos e as comunicações inerentes ao processo de licenciamento e permita maior visibilidade e transparência para os processos de licenciamento em tramitação no Ibama.
Processo de Licenciamento
O processo de licenciamento ambiental possui três etapas distintas: Licenciamento Prévio, Licenciamento de Instalação e Licenciamento de Operação.
Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao IBAMA na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Essa licença não autoriza a instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua localização e concepção tecnológica. Além disso, estabelece as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto executivo.
Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou instalação do empreendimento. O prazo de validade dessa licença é estabelecido pelo cronograma de instalação do projeto ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem desmatamento depende, também, de "Autorização de Supressão de Vegetação".
Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e superior a 10 (dez) anos.
O Ibama durante o processo de licenciamento ouve os Órgãos Ambientais (OEMAs) envolvidos no licenciamento e os Órgãos Federais de gestão do Patrimônio Histórico (IPHAN), das Comunidades Indígenas (FUNAI), de Comunidades Quilombolas (Fundação Palmares), de controle de endemias (FUNASA), entre outros.
No processo de licenciamento os estudos ambientais são elaborados pelo empreendedor e entregues ao Ibama para análise e deferimento. Para cada etapa do licenciamento há estudos específicos a serem elaborados.
Para subsidiar a etapa de LP, sendo o empreendimento de significativo impacto ambiental, o empreendedor encaminha ao Ibama o EIA/RIMA. Para os demais empreendimentos estudos mais simplificados são requeridos. O EIA é um documento técnico-científico compostos por: Diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico; Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas; Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos e elaboração de medidas mitigadoras dos impactos negativos; e Programas de Acompanhamento e Monitoramento. O RIMA é o documento público que reflete as informações e conclusões do EIA e é apresentado de forma objetiva e adequada a compreensão de toda a população. Nessa etapa são realizadas Audiências Públicas para que a comunidade interessada e/ou afetada pelo empreendimento seja consultada.
Para subsidiar a etapa de LI o empreendedor elabora o Plano Básico Ambiental e se a obra implicar em desmatamento é também elaborado o Inventário Florestal, para apoiar a decisão sobre o deferimento da Autorização de Supressão de Vegetação.
Para subsidiar a etapa de LO o empreendedor elabora um conjunto de relatórios descrevendo a implantação dos programas ambientais e medidas mitigadoras previstas nas etapas de LP e LI.
fonte: http://www.ibama.gov.br/licenciamento/
Mapa da Amazônia dividida é mentira deliberada, diz diplomata brasileiro
Mapa adulterado da floresta circula na rede há uma década.
Governos dos EUA e do Brasil já investigaram e detectaram a montagem.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
Na origem de um longo debate em que os brasileiros acham que os Estados Unidos querem invadir a Amazônia, e os americanos acham que o Brasil é paranoico está uma lenda urbana de mais de uma década, espalhada pela internet e reciclada periodicamente com popularidade surpreendente. Trata-se da história de que escolas dos EUA usam livros didáticos de geografia com um mapa da América do Sul adulterado, em que a região a amazônica aparece como “território internacional”. Por mais que a história já tenha sido desmentida oficialmente uma dúzia de vezes, muitos brasileiros ainda mencionam este caso sem saber exatamente se era verdade ou não, e até políticos brasileiros volta e meia pedem explicações oficiais do Ministério das Relações Exteriores sobre o assunto.
Desde as primeiras menções ao caso, ainda no ano 2000, representantes diplomáticos brasileiros nos Estados Unidos começaram a investigar as origens do que aparecia como mais um boato, uma lenda da internet. O diplomata Paulo Roberto de Almeida, que então trabalhava como ministro conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington, averiguou rapidamente que a história circulava em listas universitárias de discussão, mas que suas bases factuais eram frágeis, praticamente inexistentes. Logo em seguida, ao pesquisar em bases de dados e examinar os materiais disponíveis, concluiu por uma montagem feita no próprio Brasil.”"Esta 'notícia' aparentemente tão alarmante não tem base", diz, em um longo dossiê que publicou sobre os boatos. "Posso, sem hesitar, afirmar que os Estados Unidos não querem amputar um pedaço da nossa geografia nas escolas do país e que os supostos mapas simplesmente não existem."
Em entrevista concedida nesta semana ao G1, direto de Shangai, na China, Almeida confirma o que já tinha constatado anos atrás: reiterou que os boatos lançados a esse respeito sempre foram nacionais, criados inteiramente no Brasil. Segundo ele, os americanos nunca tiveram nada a ver com o caso e, de certa forma, foram vítimas dele, tanto quanto os milhares de brasileiros enganados. “É preciso deixar claro que o mapa não é uma questão estrangeira. Ele foi feito por brasileiros e para brasileiros”, disse. “É uma construção, uma mentira deliberada”, completou. Segundo ele, que investigou o caso enquanto viveu nos Estados Unidos, é possível traçar a origem desses rumores a grupos de extrema direita militar no Brasil, interessados em preservar a soberania brasileira sobre a Amazônia, "supostamente ameaçada por alguma invasão estrangeira. Neste caso, recorreram à fraude deliberada para reforçar seu intento", explicou. Curiosamente, disse, a causa acabou abraçada pela extrema esquerda antiamericana, e a histórica cresceu com a ajuda da internet.
É preciso deixar claro que o mapa não é uma questão estrangeira. Ele foi feito por brasileiros e para brasileiros. É uma construção, uma mentira deliberada"
Paulo R. de Almeida, diplomata brasileiro
Repercussão
A negativa oficial não foi suficiente, e o caso continuou crescendo e chegou até mesmo ao Congresso Brasileiro. Primeiro foi a Câmara de Deputados, que em junho de 2000 fez um requerimento formal pedindo ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, informações a respeito da "matéria veiculada na internet na qual o Brasil aparece em mapas dividido." Depois disso, em 2001, foi no Senado. A página na internet do Senado traz um pronunciamento do senador Mozarildo Cavalcanti, do PFL de Roraima, de 29 de novembro de 2001, em que chama a internacionalização da Amazônia de "processo inteligentemente armado para anestesiar as camadas formadoras de opinião e evitar reação". Depois de ler todo o texto da denúncia que circulava pela internet, o senador apelou ao ministro das Relações Exteriores para que investigasse a fundo o assunto o "atentado à soberania do país".
12/08/2010 08h00 - Atualizado em 12/08/2010 12h46
Em entrevista concedida nesta semana ao G1, direto de Shangai, na China, Almeida confirma o que já tinha constatado anos atrás: reiterou que os boatos lançados a esse respeito sempre foram nacionais, criados inteiramente no Brasil. Segundo ele, os americanos nunca tiveram nada a ver com o caso e, de certa forma, foram vítimas dele, tanto quanto os milhares de brasileiros enganados. “É preciso deixar claro que o mapa não é uma questão estrangeira. Ele foi feito por brasileiros e para brasileiros”, disse. “É uma construção, uma mentira deliberada”, completou. Segundo ele, que investigou o caso enquanto viveu nos Estados Unidos, é possível traçar a origem desses rumores a grupos de extrema direita militar no Brasil, interessados em preservar a soberania brasileira sobre a Amazônia, "supostamente ameaçada por alguma invasão estrangeira. Neste caso, recorreram à fraude deliberada para reforçar seu intento", explicou. Curiosamente, disse, a causa acabou abraçada pela extrema esquerda antiamericana, e a histórica cresceu com a ajuda da internet.
É preciso deixar claro que o mapa não é uma questão estrangeira. Ele foi feito por brasileiros e para brasileiros. É uma construção, uma mentira deliberada"
Paulo R. de Almeida, diplomata brasileiro
Repercussão
A negativa oficial não foi suficiente, e o caso continuou crescendo e chegou até mesmo ao Congresso Brasileiro. Primeiro foi a Câmara de Deputados, que em junho de 2000 fez um requerimento formal pedindo ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, informações a respeito da "matéria veiculada na internet na qual o Brasil aparece em mapas dividido." Depois disso, em 2001, foi no Senado. A página na internet do Senado traz um pronunciamento do senador Mozarildo Cavalcanti, do PFL de Roraima, de 29 de novembro de 2001, em que chama a internacionalização da Amazônia de "processo inteligentemente armado para anestesiar as camadas formadoras de opinião e evitar reação". Depois de ler todo o texto da denúncia que circulava pela internet, o senador apelou ao ministro das Relações Exteriores para que investigasse a fundo o assunto o "atentado à soberania do país".
A ideia é tão hilária que me sinto bobo de falar sobre ela."
Anthony Harrington, ex-embaixador dos EUA no Brasil
Resposta americana
Logo que o caso surgiu, no ano 2000, Anthony Harrington, então novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, tentou dar uma resposta oficial e final ao assunto. "Existem aqueles no Brasil que acreditam que os Estados Unidos querem dominar o mundo. Eles vêm o Tio Sam como o grande abusador. Típico desta forma de pensar é a crença de que os Estados Unidos têm um plano secreto de invadir a Amazônia em nome de salvar a Floresta Tropical. A ideia é tão hilária que me sinto bobo de falar sobre ela. Mas em nome de seguir adiante, de permitir que americanos e brasileiros possam passar aos assuntos sérios que enfrentamos juntos, deixe-me deixar isso claro: A Amazônia pertence ao Brasil. Sempre vai pertencer. E o mito de que os Estados Unidos invadiria é simplesmente ridículo. Ponto Final."
Segundo o embaixador, os americanos são fascinados pela floresta, tanto quanto a maioria das pessoas em todo o mundo, mas o interesse do país é apenas em colaboração com o Brasil, ajudando a desenvolver a região de uma maneira que seja inócua para o meio ambiente e faça justiça aos formidáveis recursos naturais que os brasileiros possuem. "A idéia de que tropas americanas possam intervir na Amazônia é ridícula. Sinceramente, não merece comentários."
Mesmo assim foi preciso voltar a tocar oficialmente no assunto, e a própria Embaixada Americana no Brasil manteve por algum tempo uma página de desmentido da história do mapa no ar. A página não existe mais no mesmo endereço. Entretanto, o site America.gov, que traz informações sobre política externa dos Estados Unidos e é produzido pelo Departamento de Estado, mantém no ar o texto do desmentido e os argumentos. A data da divulgação é de 2005, cinco anos depois do início da propagação do mito e três após a reportagem no principal jornal dos Estados Unidos.
Rebatendo o mitoA resposta oficial diz que o e-mail forjado surgiu em 2000. "Não há indicação de que tal livro exista. A Biblioteca do Congresso dos EUA, com mais de 29 milhões de livros e outros materiais impressos, não tem registro dele. O banco de dados online do centro de estudo WorldCat, o maior banco de dados de informação bibliográfica, com mais de 47 milhões de livros, não tem registro do livro. Tal livro também não é encontrado em buscas na internet na Amazon e no Google" .
O primeiro argumento usado para refutar a veracidade do livro é gramatical: "Muitos erros de grafia, gramática, tom inapropriado e linguagem" que são evidentes para um falante nativo de inglês. A resposta oficial do governo americano, apesar de ter demorado quase meia década, parte na mesma direção do embaixador brasileiro Rubens Antonio Barbosa, indicando que o trabalho aparenta ser uma invenção "made in Brazil" para criar "desinformação". O Birô Internacional de Programas de Informação continua seu texto apontando que "alguns dos erros de grafia nesta falsificação indicam que o falsificador era um falante nativo de português", diz, citando exemplo como a palavra "vegetal", que aparecia na mensagem original no lugar de "vegetable".
A criação da 'Prinfa' foi um presente para o mundo todo visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãos de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos"
Texto falso divulgado junto com lenda urbana sobre livro didático
A mensagem, que circulou por e-mails e blogs, é sempre a mesma. Um “alerta”, algo “para ficar indignado”, incluindo uma página copiada do suposto livro “An Introduction to Geography”, onde aparece o referido mapa do Brasil “amputado” e um texto sobre a “reserva internacional”.
O texto do livro é preconceituoso e ofensivo, e foi traduzido de um inglês pobre para um português cheio de erros de grafia e gramática: “Desde meados dos anos 80 a mais importante floresta do mundo passou a ser responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas. (...) Sua fundação [da reserva] se deu pelo fato de a Amazônia estar localizada na América do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo e cercada por países irresponsáveis, cruéis e autoritários. Fazia parte de oito países diferentes e estranhos, os quais, em sua maioria, são reinos da violência, do tráfego de drogas [sic], da ignorância, e de um povo sem inteligência e primitivo. A criação da Prinfa foi apoiada por todas as nações do G-23 e foi realmente uma missão especial para nosso país e um presente para o mundo todo visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãos de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos” .
Para dar credibilidade à história, a mensagem alega que a fonte da informação foi um jornal, sem muitos detalhes sobre a publicação do caso. Mesmo sem uma base de informação mais forte, a história se espalhou pelo Brasil e ganhou atenção até nos próprios Estados Unidos, onde foi rechaçada repetidas vezes, como em 2002, quando foi ironizada pelo "New York Times" como "claro, pura imaginação. A imaginação brasileira" . O título da matéria era algo como "No fundo do Brasil, uma viagem de paranoia".
Ainda em 2010, o Google tem mais de 1.200 retornos para a busca internacional pela sigla Finraf. Traduzindo a sigla para Prinfa, são mais de 3.000 páginas registrando alguma informação a respeito dessa história. São dezenas de blogs pessoais, páginas de jornais de diferentes lugares do Brasil, perguntas em fóruns. Muitos já tratam o assunto como mito, lenda urbana, e dizem que o mapa se tornou apenas uma curiosidade na internet. Não faltam, entretanto, as páginas que ainda reproduzem o assunto (algumas com datas tão recentes quanto 2009) com tom indignado e alegando se tratar de uma denúncia real.
Marina defende desenvolvimento que inclua população local da Amazônia
‘Podemos ser a grande planície do desenvolvimento sustentável’, diz.
Confira as propostas e posições da candidata para a região amazônica.
A candidata acredita ser possível desenvolver a Amazônia integrando todos os segmentos produtivos. “Não é preciso abrir mão do agronegócio para ter agricultura familiar, abrir mão da indústria para ter extrativismo”, exemplificou. Em relação aos setores da soja e da pecuária, que vivem na mira de ambientalistas por pressionarem o desmatamento na região, Marina disse que, com vontade dos produtores e com apoio do governo para aumentar a produtividade, podem passar do papel de “bandidos para mocinhos”.
Zona Franca
Marina reafirmou também o compromisso de manter a Zona Franca de Manaus e seu regime especial de tributação, mas observou que sua continuidade precisa estar integrada com outras iniciativas de desenvolvimento sustentável em outras partes do estado do Amazonas.
O avanço de uma economia sustentável e adequada à realidade amazônica passa por fortes investimentos numa “educação que integre o melhor da tecnologia e o melhor da tradição”, segundo a candidata acriana. Faltaria, por exemplo, um ensino técnico específico para formar mão de obra para gerir uma economia florestal. “Um país que não é capaz de prover para os melhores empregos aos seus próprios filhos, está fadado ao fracasso”.
O investimento em tecnologia específica para a Amazônia também será priorizado caso seja eleita, segundo Marina. “As comunidades indígenas têm um conhecimento milenar que é fundamental para qualquer projeto de pesquisa”, disse, ressaltando que esse saber deve ser usado de forma a beneficiar também os índios.
Belo Monte
Marina criticou algumas medidas do governo atual para a Amazônia e em questões ambientais, como a costrução de Belo Monte e o projeto do novo Código Florestal, que aguarda votação no Senado. Sobre a megausina a ser construída no Pará disse que “Belo Monte sequer viabilidade econômica tem, porque está sendo subsidiada pelo governo”.
Em relação ao Código Florestal, a presidenciável fez críticas mais duras: “o relatório é um dos piores retrocessos na legislação ambiental brasileira”. “Um pais que tem 60% de florestas e tem um código para protegê-las, está revogando este princípio. As florestas são de interesse social de todos os brasileiros. Revogando o Código que defende a floresta, estão dizendo que deixarão de ser do interesse de todos os brasileiros para ser do interesse de apenas alguns”, disse, ao indicar que o objetivo da proposta da reforma da lei é “avançar a fronteira agrícola”.
Porto Velho- Manaus
A candidata posicionou-se contra a recuperação da rodovia BR 319, que liga Porto Velho a Manaus. A obra está no PAC, mas aguarda adequações ambientais. A estrada passa numa região de floresta preservada e de baixa população. Ambientalistas temem que a reabertura da rodovia, atualmente “engolida” pela floresta, irá abrir uma nova frente de desmatamento. “É de conhecimento público minha posição de que, com a hidrovia (do Rio Madeira) e o ordenamento da BR 163 (Cuiabá-Santarém) não há necessidade dessa estrada”, disse Marina.
O Globo Amazônia vai publicar, até a eleição presidencial deste ano, uma série de reportagens mostrando os projetos de cada candidato para o desenvolvimento da região.
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Confira as propostas e posições da candidata para a região amazônica.
Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em Manaus - o repórter viajou a convite do Fórum Amazônia Sustentável
A candidata à Presidência da República pelo PV Marina Silva defendeu neste sábado (14) que o desenvolvimento econômico da Amazônia tem de passar pela inclusão social da população local, com investimento em educação e tecnologia específica para a região. Assim como os EUA têm o Vale do Silício, a Amazônia pode ser “a grande planície do desenvolvimento sustentável”, argumentou.
“Não é possível que uma população assentada sobre tantas riquezas viva numa situação de tantas mazelas sociais”, disse, ao propor o que chama de “um novo caminho em cima do patrimônio natural e cultural” para a região.
Única natural da Amazônia entre os presidenciáveis, Marina participou em Manaus de uma sabatina para apresentar suas propostas para a região e respondeu perguntas do público a respeito.
“Não é possível que uma população assentada sobre tantas riquezas viva numa situação de tantas mazelas sociais”, disse, ao propor o que chama de “um novo caminho em cima do patrimônio natural e cultural” para a região.
Única natural da Amazônia entre os presidenciáveis, Marina participou em Manaus de uma sabatina para apresentar suas propostas para a região e respondeu perguntas do público a respeito.
A presidenciável concorda que a região, assim como todo o país, precisa de obras de infraestrutura, mas que elas devem contemplar também as necessidades dos moradores locais. “Podem ter certeza que vamos prover a infraestrutura necessária”, afirmou. “Mas sem tratar os problemas sociais como se fossem externalidades.”
Marina lembrou que quando foi ministra do Meio Ambiente alertava que o governo Lula não deveria manter o que chama de “política do pires na mão”, que consiste na ida dos governantes e legisladores para os diferentes pontos da Amazônia para recolher demandas puverizadas, em detrimento de um plano de desenvolvimento sustentável integrado. “Disse que a Amazônia é uma grande solução, não um problema”, destacou.
Marina lembrou que quando foi ministra do Meio Ambiente alertava que o governo Lula não deveria manter o que chama de “política do pires na mão”, que consiste na ida dos governantes e legisladores para os diferentes pontos da Amazônia para recolher demandas puverizadas, em detrimento de um plano de desenvolvimento sustentável integrado. “Disse que a Amazônia é uma grande solução, não um problema”, destacou.
Zona Franca
Marina reafirmou também o compromisso de manter a Zona Franca de Manaus e seu regime especial de tributação, mas observou que sua continuidade precisa estar integrada com outras iniciativas de desenvolvimento sustentável em outras partes do estado do Amazonas.
O avanço de uma economia sustentável e adequada à realidade amazônica passa por fortes investimentos numa “educação que integre o melhor da tecnologia e o melhor da tradição”, segundo a candidata acriana. Faltaria, por exemplo, um ensino técnico específico para formar mão de obra para gerir uma economia florestal. “Um país que não é capaz de prover para os melhores empregos aos seus próprios filhos, está fadado ao fracasso”.
O investimento em tecnologia específica para a Amazônia também será priorizado caso seja eleita, segundo Marina. “As comunidades indígenas têm um conhecimento milenar que é fundamental para qualquer projeto de pesquisa”, disse, ressaltando que esse saber deve ser usado de forma a beneficiar também os índios.
Belo Monte
Marina criticou algumas medidas do governo atual para a Amazônia e em questões ambientais, como a costrução de Belo Monte e o projeto do novo Código Florestal, que aguarda votação no Senado. Sobre a megausina a ser construída no Pará disse que “Belo Monte sequer viabilidade econômica tem, porque está sendo subsidiada pelo governo”.
Em relação ao Código Florestal, a presidenciável fez críticas mais duras: “o relatório é um dos piores retrocessos na legislação ambiental brasileira”. “Um pais que tem 60% de florestas e tem um código para protegê-las, está revogando este princípio. As florestas são de interesse social de todos os brasileiros. Revogando o Código que defende a floresta, estão dizendo que deixarão de ser do interesse de todos os brasileiros para ser do interesse de apenas alguns”, disse, ao indicar que o objetivo da proposta da reforma da lei é “avançar a fronteira agrícola”.
Porto Velho- Manaus
A candidata posicionou-se contra a recuperação da rodovia BR 319, que liga Porto Velho a Manaus. A obra está no PAC, mas aguarda adequações ambientais. A estrada passa numa região de floresta preservada e de baixa população. Ambientalistas temem que a reabertura da rodovia, atualmente “engolida” pela floresta, irá abrir uma nova frente de desmatamento. “É de conhecimento público minha posição de que, com a hidrovia (do Rio Madeira) e o ordenamento da BR 163 (Cuiabá-Santarém) não há necessidade dessa estrada”, disse Marina.
O Globo Amazônia vai publicar, até a eleição presidencial deste ano, uma série de reportagens mostrando os projetos de cada candidato para o desenvolvimento da região.
FONTE: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1613388-16052,00-MARINA+DEFENDE+DESENVOLVIMENTO+QUE+INCLUA+POPULACAO+LOCAL+DA+AMAZONIA.html
Imazon: exploração não autorizada de floresta no PA diminui, mas predomina
Houve queda de 75% na área explorada sem licença estadual.
Ainda assim, 73% da retirada de madeira ocorre em terra não autorizada.
Relatório de análise da indústria madeireira paraense feita pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e divulgada nesta terça-feira (10) aponta que houve uma redução de 75% na área de floresta explorada sem autorização no estado, comparando os períodos de agosto de 2008 a julho de 2009 com os mesmos meses um ano antes.
Ainda assim, quase três quartos (73%) aconteceram com autorização da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), de acordo com o Imazon. Imagens de satélite analisadas pelo instituto mostram que cerca de 128.500 hectares (1.285 km²) de florestas foram explorados entre agosto de 2008 e julho de 2009.
Desse total, 94.385 hectares (73%) não foram autorizados pela Sema, contra 34.171 hectares (27%) autorizados. Do total sem licença, a maioria (83%) ocorreu em áreas privadas, devolutas ou sob disputa. Outros 11% aconteceram em assentamentos de reforma agrária e 6% em reservas.
Total da produção
De acordo com o Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Simlam), a produção florestal do Pará em 2008 foi de aproximadamente 3,5 milhões de metros cúbicos de madeira em tora e 4,4 milhões de metros cúbicos de resíduos florestais.
Em 2009, o estado produziu aproximadamente 3,8 milhões de metros cúbicos de madeira em tora e 2,3 milhões de metros cúbicos de resíduos florestais. Nos dois anos, a grande maioria (98% em 2008 e 89% em 2009) dessa produção originou-se de manejo de floresta nativa e o restante, de manejo de floresta plantada (2% em 2008 e 11% em 2009).
Qualidade do manejo
A análise de imagens de satélite de 59 áreas pelo Imazon mostrou que na maioria (64%) delas o manejo era de qualidade intermediária. Em outros 14%, a qualidade era boa. E somente em 22% a exploração era de baixa qualidade.
Comparando esses resultados entre os períodos de agosto de 2007 a julho de 2008, e agosto de 2008 a julho de 2009, foi observado que as áreas com exploração de qualidade boa diminuiu 71%, e as de qualidade intermediária e baixa aumentaram 194% e 28%, respectivamente.
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Ainda assim, 73% da retirada de madeira ocorre em terra não autorizada.
Do Globo Amazônia, em São Paulo
Ainda assim, quase três quartos (73%) aconteceram com autorização da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), de acordo com o Imazon. Imagens de satélite analisadas pelo instituto mostram que cerca de 128.500 hectares (1.285 km²) de florestas foram explorados entre agosto de 2008 e julho de 2009.
Desse total, 94.385 hectares (73%) não foram autorizados pela Sema, contra 34.171 hectares (27%) autorizados. Do total sem licença, a maioria (83%) ocorreu em áreas privadas, devolutas ou sob disputa. Outros 11% aconteceram em assentamentos de reforma agrária e 6% em reservas.
Total da produção
De acordo com o Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Simlam), a produção florestal do Pará em 2008 foi de aproximadamente 3,5 milhões de metros cúbicos de madeira em tora e 4,4 milhões de metros cúbicos de resíduos florestais.
Em 2009, o estado produziu aproximadamente 3,8 milhões de metros cúbicos de madeira em tora e 2,3 milhões de metros cúbicos de resíduos florestais. Nos dois anos, a grande maioria (98% em 2008 e 89% em 2009) dessa produção originou-se de manejo de floresta nativa e o restante, de manejo de floresta plantada (2% em 2008 e 11% em 2009).
Qualidade do manejo
A análise de imagens de satélite de 59 áreas pelo Imazon mostrou que na maioria (64%) delas o manejo era de qualidade intermediária. Em outros 14%, a qualidade era boa. E somente em 22% a exploração era de baixa qualidade.
Comparando esses resultados entre os períodos de agosto de 2007 a julho de 2008, e agosto de 2008 a julho de 2009, foi observado que as áreas com exploração de qualidade boa diminuiu 71%, e as de qualidade intermediária e baixa aumentaram 194% e 28%, respectivamente.
Queimadas atingem áreas em Goiás, Pará, Tocantins e Mato Grosso
No Rio de Janeiro, chamas em reserva florestal foram controladas.
Segundo Inpe, nas últimas 30 horas foram registrados mais de dez mil focos.
O tempo seco multiplica as queimadas pelo Brasil. As imagens dos satélites mostram que surge um foco de incêndio a cada dez segundo no país.
O levantamento de todos os satélites usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitorar queimadas aponta que nas últimas 30 horas foram registrados 10.611 focos no país. O Pará é o estado mais atingido com 3091 focos, seguido por Mato Grosso (2948), Tocantins (1244 ) e Goiás ( 933).
Três incêndios destroem fazendas e áreas verdes no sul do Pará. Em Santana do Araguaia, o fogo ameaça a criação de gado. Uma área equivalente a 21 mil campos de futebol foi perdida.
Perto do município de Marabá (PA), o que está em perigo é mata nativa e de reflorestamento.
Perto do município de Marabá (PA), o que está em perigo é mata nativa e de reflorestamento.
Em Tocantins, neste ano, já foram registrados mais focos de incêndio do que em todo o ano passado. No Parque Estadual de Lajeado, o incêndio destrói a vegetação há uma semana. A operação de combate ao fogo tem mais de cem homens do Corpo de Bombeiros, Exército e do Ibama.
No estado de Goiás, o fogo já destruiu mais de 60% do Parque Nacional das Emas, que é a maior reserva de cerrado do país. Segundo a direção do parque, o incêndio começou em uma fazenda próxima, depois de um curto circuito em um cabo de transmissão elétrica.
No Rio de Janeiro, a reserva florestal no Grajaú queimou durante toda a noite. Neste sábado (14), as chamas foram controladas, mas ainda não se sabe o que causou o fogo.
Em Mato Grosso, a situação é mais crítica em cinco municípios do norte do estado. Em Peixoto de Azevedo, segundo a prefeitura, o fogo já consumiu quase 20 mil hectares, atingiu casas da área rural e provocou a morte de animais.
Em Marcelândia (MT), o incêndio, que destruiu 100 casas e atingiu 30 serrarias, já está controlado. A preocupação agora é com o fogo debaixo do pó da serragem. Os resíduos queimam lentamente, liberando uma fumaça tóxica.
Os desabrigados recebem doações de todo o estado.
Amazônia Legal
A Amazônia Brasileira passou a ser chamada de Amazônia Legal, fruto de um conceito político e não de um imperativo geográfico. Foi a necessidade do governo de planejar e promover o desenvolvimento da região. Os Estados que compõe a Amazônia Legal são: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão (oeste do meridiano de 44º).
Legislação sobre a criação da Amazônia Legal
Em 1953, através da Lei 1.806 de 06.01.1953 (criação da SPVEA), foram incorporados à Amazônia Brasileira, o Estado do Maranhão (oeste do meridiano 44º), o Estado de Goiás (norte do paralelo 13º de latitude sul atualmente Estado de Tocantins) e Mato Grosso ( norte do paralelo 16º latitude sul).
Com esse dispositivo legal (Lei 1.806 de 06.01.1953) a Amazônia Brasileira passou a ser chamada de Amazônia Legal, fruto de um conceito político e não de um imperativo geográfico. Foi a necessidade do governo de planejar e promover o desenvolvimento da região.
Em 1966, pela Lei 5.173 de 27.10.1966 (extinção da SPVEA e criação da SUDAM), o conceito de Amazônia Legal é reinventado para fins de planejamento. Assim pelo artigo 45 da Lei complementar nº 31 de 11.10.1977, a Amazônia Legal tem seus limites ainda mais estendidos.
Com a Constituição Federal de 05.10.1988, é criado o Estado do Tocantins e os territórios federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados (Disposições Transitórias art. 13 e 14).
LEI Nº 1.806 DE 06.01.1953
Art.2º A Amazônia Brasileira, para efeito de planejamento econômico e execução do plano definido nesta lei, abrange a região compreendida pelos Estados do Pará e do Amazonas, pelos territórios federais do Acre, Amapá, Guaporé e Rio Branco, e ainda, a parte do Estado de Mato Grosso a norte do paralelo 16º, a do Estado de Goiás a norte do paralelo 13º e do Maranhão a oeste do meridiano de 44º.
LEI Nº 5.173 DE 27.10.1966
Art. 2º A Amazônia para efeitos desta lei, abrange a região compreendida pelos Estados do Acre, Pará e Amazonas, pelos Territórios Federais do Amapá, Roraima e Rondônia, e ainda pelas áreas do Estado de Mato Grosso a norte do paralelo 16º, do Estado de Goiás a norte do paralelo 13º e do Estado do Maranhão a oeste do meridiano de 44º.
LEI COMPLEMENTAR Nº 31 DE 11.10.1977
Art. 45 A Amazônia, a que se refere o artigo 2º da lei nº 5.173 de 27 de outubro de 1966, compreenderá também toda a área do Estado de Mato Grosso.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05.10.1988 ( DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS)
Art. 13 É criado o Estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita neste artigo, dando-se sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição prevista no § 3º, mas não antes de 1º de janeiro de 1989.Art. 14 Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados federados, mantidos seus atuais limites geográficos.
AMAZÔNIA OCIDENTAL
DECRETO-LEI Nº 291 DE 28.02.1967
Art. 1º § 4º Para fins deste Decreto-Lei, a Amazônia Ocidental é constituída pela área abrangida pelos Estados do Amazonas, Acre e territórios de Rondônia e Roraima.
DECRETO-LEI Nº 356 DE 15.08.1968
Art. 1º § 1º A Amazônia Ocidental é constituída pela área abrangida pelos Estados do Amazonas e Acre e os territórios federais do Rondônia e Roraima, consoante o estabelecido no § 4º do artigo 1º do Decreto-lei nº 291 de 28.02.1967.
ESTADOS QUE COMPÕE A AMAZÔNIA OCIDENTAL
Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima
AMAZÔNIA ORIENTAL
ESTADOS QUE COMPÕEM A AMAZÔNIA ORIENTAL: Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.
AMAZÔNIA CONTINENTAL
PAÍSES QUE COMPÕEM A AMAZÔNIA CONTIMENTAL: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Republica da Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Situação Geográfica: A área de abrangência da Amazônia Legal, corresponde em sua totalidade os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e, parcialmente, o Estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44o WGr.), e perfazendo uma superfície de aproximadamente 5.217.423 km2 correspondente a cerca de 61% do território brasileiro.
Recursos Climáticos
A Região Geomorfológica da Amazônia Legal, apresenta um clima Úmido, Megatérmico e Mesotérmico, tendendo para Megatérmico. Sob a influência da baixa latitude, as temperaturas mantêm-se elevadas durante todos os meses do ano e suas médias térmicas anuais são superiores a 22o C nas partes mais elevadas, setores norte e oeste, aumentando de norte para sul até 27o C, quando se aproxima do Equador, com pequena amplitude térmica anual. Devido a fatores geográficos (latitude e relevo) e a fatores dinâmicos, esta região possui altos níveis de eficiência térmica durante todo o ano, razão pela qual é caracterizada por clima Megatérmico, no setor oeste, e em parte do norte (altitude de mais de 800 m) o clima é Mesotérmico, tendendo para o Megatérmico. Quanto ao regime pluviométrico, esta região é privilegiada no que diz respeito aos totais anuais, normalmente entre 1.250 mm e 2.500 mm, decrescendo de sudoeste para nordeste, estando sujeito a importantes flutuações. As chuvas, apesar de regulares, não se distribuem igualmente durante o ano, sendo o período mais chuvoso no verão (maio a agosto), implicando grandes excedentes hídricos e, conseqüentemente, com grandes escoamentos superficiais e cheias dos rios. No inverno X outono, ao contrário, observa-se o período menos chuvoso, resultando numa curta estação seca de um a três meses com pequenos déficits hídricos. Levando-se em conta o regime de umidade, ou seja, os pequenos déficits hídricos e a duração destes períodos secos, foi constatado que neste clima quente e úmido, em quase toda sua extensão, à medida que se caminha de oeste para leste, o grau de umidade efetiva diminui, determinando quatro subdomínios climáticos, B4, B3, B2 e B1. A umidade relativa do ar, média anual, situa-se entre 60% e 85%, aumentando da zona setentrional para a meridional.
Vegetação
Destacam-se três tipos de vegetação na Amazônia Legal : Floresta Ombrófila Densa (Floresta Tropical Pluvial), disjunções da Campinarana (Campinas) e uma disjunção da Savana Estépica (campo do alto do rio Surumu) com intensa ação antrópica. O estudo da vegetação da Amazônia, bem como de qualquer outra região brasileira, passa, necessariamente, pela consideração de um evento que marcou profundamente o levantamento dos recursos naturais do País, provocando grandes alterações nos seus quadros físico e ceconômico-social.
Em 1969, a National Aeronautics and Space Administration (NASA), em convênio com o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE), realizou uma demonstração de aerolevantamento com emprego do sensor radar de visada lageral, numa área de 5.000 Km2 , no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.
Com base nos resultados desta demonstração o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM propôs o aerolevantamento de uma área de 40.000 Km2 , em caráter experimental, na região do Tapajós, porquanto constatou-se que só através desse método utilizando-se o radar do tipo SLAR (Side Looking Airborne Radar), de visada lateral, seria possível a obtenção a curto prazo, das informações básicas necessárias ao conhecimento dos recursos naturais da Amazônia, onde prevalecem condições atmosféricas adversas durante grande parte do ano.Criada em 29-10-70, a Comissão de Levantamento Radargramétrico da Amazônia - CRDAM - destinou-se à execução do projeto, alterando a sua área para 1.500.000 Km2 , abrangendo grande parte da Amazônia e partes das Regiões Nordeste e Centro-Oeste1.
PROCESSO DE POVOAMENTO
A Amazônia Legal, construção geopolítica estabelecida, em 1966, para fins de planejamento regional, possui uma extensão de 5.109.812 Km², correspondente a cerca de 60% do território nacional, e abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão a oeste do meridiano 44º. Em que pese sua grande extensão territorial, o efetivo demográfico da Região é de 21.056.532 habitantes, ou seja, 12,4% da população nacional, o que lhe confere a menor densidade demográfica do País – 4,14hab/km². (PROJEÇÃO 1)
Historicamente, a dinâmica demográfica da Amazônia esteve sempre condicionada aos períodos de prosperidade e decadência por ela experimentado, que eram acompanhados de fluxos e refluxos de população, fruto de sua frágil base econômica de natureza extrativista.A partir de 1970, contudo, com a implementação, na Amazônia, de um conjunto de políticas de desenvolvimento, imprime-se uma nova configuração ao seu processo de ocupação econômica e demográfica.Nesse sentido, o padrão de povoamento regional, tradicionalmente fundamentado na circulação fluvial, sofreu alterações estruturais substantivas, nas três últimas décadas, como decorrência do processo de ocupação econômica verificado. As rodovias atraíram o povoamento para a terra firme e para novas áreas, abrindo grandes clareiras na floresta e, sob o influxo da nova circulação, a Amazônia se urbanizou e se industrializou, embora com sérios problemas sociais e ambientais. A várzea e a terra firme, elementos históricos de organização da vida regional, embora esmaecidos, permanecem como pano de fundo.Duas características marcantes devem ser ressaltadas em relação à ocupação do espaço regional: a) o padrão linearNa Amazônia, a integração terrestre e fluvial do território tendeu a formar eixos de transporte e infra-estrutura, ao longo e em torno dos quais se concentram investimentos públicos e privados.
Esses eixos acabam definindo um macrozoneamento da Região e neles se concentram a população, os migrantes e os núcleos urbanos, verificando-se forte pressão sobre o meio ambiente. Tal macrozoneamento também conforma grandes espaços entre os eixos, domínio de terras indígenas, Unidades de Conservação e populações extrativistas e ribeirinhas isoladas;
O adensamento de estradas no leste do Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Rondônia compõem um grande arco de povoamento. Essa faixa acompanha a borda da floresta, justamente onde se implantaram as estradas e se situa o cerne da economia regional, à exceção da Zona Franca de Manaus e alguns projetos minerais.
2. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
2.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA POPULAÇÃO
No período 1970/2000, a população amazônica quase triplicou, evoluindo de, aproximadamente, 7,3 para 21 milhões de habitantes, em decorrência das elevadas taxas anuais de crescimento experimentadas, sempre superior à média brasileira, mas que se mostram declinantes ao longo das três últimas décadas - 4,38% a.a, em 1970/80, 3,30%, em 1980/91 e 2,26%, em 1991/2000. Essa tendência manifesta-se em quase todas as Unidades Federadas, à exceção do Amapá, que registrou taxas crescentes e elevadas de incremento populacional, que atingiu 5,71%a.a, no interstício 1991/2000, como resultado de fluxos imigratórios em direção ao Estado. (PROJEÇÃO 2) A distribuição da população entre os Estados mantém o seu perfil concentrador, embora mais atenuado, localizando-se cerca de 70% do total de habitantes em apenas três Estados - Pará (29,41%); Maranhão (26,84%) e Amazonas (13,36%). Ressalta-se, todavia, que o estado do Maranhão vem declinando a sua participação relativa, passando de 41,60%, em 1970, para 26,84%, em 2001, o que se mostra consetâneo com a sua característica de Estado de emigração. Em oposição, os Estados de Rondônia, Mato Grosso e Amapá, embora ainda detenham reduzida participação no contingente populacional total, a ampliaram de forma significativa, despontando, dessa forma, como novas áreas de atração populacional. (PROJEÇÃO 3)Em termos da composição da população por sexo, observa-se um certo equilíbrio entre o número de homens e mulheres, representando o primeiro 50,4% do total populacional e o segundo, 49,5%. (PROJEÇÃO 4)Quanto à faixa etária, a população amazônica caracteriza-se como essencialmente jovem, uma vez que o contingente com menos de 20 anos de idade representa 51% do efetivo total, o que suscita a necessidade de fortalecimento de políticas públicas sociais direcionadas a esse segmento populacional, principalmente no que se refere à área educacional e de formação profissional. (PROJEÇÃO 5)
2.2. URBANIZAÇÃO
Uma das características mais marcantes do recente processo de ocupação demográfica do espaço regional diz respeito à urbanização, que vem se fazendo em ritmo intenso e acelerado, introduzindo profundas mudanças na estrutura do povoamento regional. Entre 1970 e 2000, a população urbana cresceu mais do que a população total, com taxas correspondentes ao dobro da média do País, passando de 35,7% para 68,2%, muito embora a taxa de crescimento anual da população urbana apresente tendência declinante ao longo do período. (PROJEÇÃO 6, PROJEÇÃO 7 e MAPA 1)Em contraposição, a população rural vem apresentando taxas de crescimento decrescentes e negativas, registrando, no período 1991/2000, a taxa de –1,72%, fato verificado em cinco dos nove Estados, denotando um contínuo e progressivo processo de esvaziamento da zona rural.(PROJEÇÃO 8)Associada ao crescimento da população urbana, verifica-se a formação de novos núcleos. Contudo, o traço mais importante da urbanização é a alteração no tamanho das cidades, variável proxy da hierarquia urbana. Até 1970, o tamanho das cidades mantinha um padrão estável de forte primazia urbana, isto é, com crescimento contínuo concentrado nas capitais estaduais. A partir de então, esse padrão foi rompido, com a exceção dos estados do Amazonas, Roraima e Amapá.A Amazônia é, assim, a única região do País onde cresce a população que vive em cidades com menos de 100 mil habitantes, sendo expressivo o crescimento de cidades pequenas entre 20 e 50 mil habitantes. A Amazônia é, assim, a única região do País onde cresce a população que vive em cidades com menos de 100 mil habitantes, sendo expressivo o crescimento de cidades pequenas entre 20 e 50 mil habitantes.O processo de desconcentração urbana é decorrente, sobretudo, da criação de municípios após a Constituição de 1988, processo esse que incidiu de forma intensa e generalizada em todos os estados da Região. Fator importante a registrar é que as capitais, apesar de continuarem crescendo em termos absolutos, não são mais as principais concentradoras da população urbana, que hoje passa a viver, crescentemente, em cidades médias e pequenas fora das grandes aglomerações.O ritmo de urbanização, embora acelerado até agora, tende a se reduzir por dois motivos: primeiro, porque a multiplicação de núcleos ocorrida na década de 90 deveu-se, em grande parte, ao intenso processo de formação de novos municípios, que não dá sinais de continuidade; e, segundo, devido ao arrefecimento da imigração.O acelerado e descentralizado processo de urbanização regional não é sinônimo de uma urbanização autônoma, revelando muito mais uma “emancipação dependente”. Com efeito, as cidades e municípios dependem da transferência de recursos financeiros, sobretudo da União, e a arrecadação do ICMS é incrivelmente concentrada nos municípios das capitais estaduais. Desse modo, os municípios não correspondem a uma força motriz em termos econômico-financeiros, mas, certamente, constituem uma força política, na medida em que expressam o pacto entre o poder local e as instâncias superiores da ordem federativa.
* Definições do Sipam – Sistema de Proteção da Amazônia (Governo Federal)
FONTE: http://www.noticiasdaamazonia.com.br/amazonia-legal/
SP terá 1º incinerador de lixo doméstico
Pioneira no País, usina vai produzir energia e recuperar área ameaçada por risco de explosão e deslizamento em São Bernardo do Campo
05 de agosto de 2010 | 0h 00
Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo
Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo
A cidade de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, terá a primeira usina de incineração de lixo doméstico do Brasil. A estrutura vai ocupar a área do antigo Lixão do Alvarenga, na beira da Represa Billings, e vai gerar 30 megawatts por hora de energia elétrica. Ao lado, será criado um parque e haverá remoção de parte da população que hoje mora em cima do antigo lixão, uma área de risco de explosão e deslizamentos.
A usina terá capacidade para receber 1 mil toneladas de resíduos domésticos por dia. A energia gerada - 30 megawatts/hora - será suficiente para abastecer diariamente uma cidade de 300 mil habitantes. A obra inclui um setor de separação dos resíduos orgânicos e para reciclagem e está orçada em R$ 220 milhões.
Hoje na cidade de São Paulo há duas usinas de geração de energia por meio do lixo, nos aterros Bandeirantes (zona norte) e São João (zona leste). No entanto, esses funcionam com aproveitamento de gás metano gerado pelos resíduos. A novidade é o incinerador de lixo doméstico. Existem apenas usinas para incinerar lixo hospitalar e industrial no País.
"O sistema, além de fazer a queima da parte do lixo que não pode ser aproveitada, tem também o reaproveitamento de todo resíduo possível, até da fração orgânica", explica o professor Elcires Pimenta Freire, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e coordenador do plano de resíduos sólidos da cidade. O modelo escolhido mescla tecnologias da Alemanha, Holanda e Espanha.
O secretário de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buso, diz que o edital deve ser lançado em breve. A expectativa do prefeito Luiz Marinho (PT) é que o início da operação seja em 2012. A cidade gasta R$ 14 milhões por ano para descartar 650 toneladas de lixo por dia num aterro sanitário no município de Mauá. Para Buso, os gastos não serão superiores aos de hoje.
Remediação. A área do bairro Alvarenga no limite com Diadema abrigou um lixão de 1971 a 2001. No dia 13 de abril, o Estado lembrou que o bairro tem condições similares às do Morro do Bumba, em Niterói, que deslizou por causa da chuva e do acúmulo do lixo. Em Niterói, 51 pessoas morreram. Em São Bernardo do Campo, centenas de famílias temem o mesmo destino.
A área de 700 mil metros quadrados nunca teve um sistema de condução dos efeitos colaterais do acúmulo de lixo sob a superfície: gases e chorume. O metano também fica preso no solo, aumentando a cada dia o risco de explosões. Já o líquido que resulta da decomposição dos resíduos vai direto para a Represa Billings, a 200 metros do local.
O projeto de construção da usina e do parque atende a medida judicial que condenou as prefeituras de São Bernardo e Diadema e os donos do terreno a remediar o problema ambiental. Parte das 200 famílias que moram no terreno será removida.
A prefeitura estima que sejam necessários R$ 20 milhões para fazer a canalização de drenagem dos gases e captação do chorume. Os trabalhos devem começar em setembro, com conclusão prevista para o fim de 2011.
O ambientalista Virgílio Alcides Farias, que defende a desativação do Lixão do Alvarenga, acredita que a criação da usina é uma boa notícia. "Está dentro do que se chama de ação sustentável. Mas é preciso manter um monitoramento contínuo e seguir as normas existentes de controle, principalmente na emissão de gases." A prefeitura afirma que o modelo de usina de São Bernardo segue as diretrizes estaduais para o tratamento térmico de resíduos sólidos.
LÁ TEM...
Áustria
A usina de Viena é uma das mais modernas da Europa. Tem capacidade para queimar 720 toneladas/dia.
Alemanha
Há duas unidades em Ingolstadt, que processam 600 toneladas/dia cada.
Inglaterra
Em Marchwood, a usina local incinera 560 toneladas/dia.
França
Uma das maiores da Europa fica em Paris, com capacidade para 1,6 mil toneladas/dia.
Estados Unidos
A maior do país está em Miami e chega a 4,2 mil toneladas/dia.
Energia
5 horas
é o período em que um computador poderia funcionar com a queima de um quilo de lixo
24 minutos
duraria um secador de cabelo ligado, segundo Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
Áustria
A usina de Viena é uma das mais modernas da Europa. Tem capacidade para queimar 720 toneladas/dia.
Alemanha
Há duas unidades em Ingolstadt, que processam 600 toneladas/dia cada.
Inglaterra
Em Marchwood, a usina local incinera 560 toneladas/dia.
França
Uma das maiores da Europa fica em Paris, com capacidade para 1,6 mil toneladas/dia.
Estados Unidos
A maior do país está em Miami e chega a 4,2 mil toneladas/dia.
Energia
5 horas
é o período em que um computador poderia funcionar com a queima de um quilo de lixo
24 minutos
duraria um secador de cabelo ligado, segundo Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
Flagrante prende onze por caça a onças no Mato Grosso do Sul
A conversa de um fazendeiro foi gravada com autorização da Justiça. As escutas deram pistas para que os policiais chegassem à fazenda no Pantanal onde estava acontecendo um safári.
Em Mato Grosso do Sul, um fazendeiro procura terras para comprar. Mas, por telefone, faz uma exigência.
“Eu quero o seguinte: eu quero uma fazenda no Pantanal em que tenha onça e que eu possa caçar. Porque eu quero me aposentar caçando”, declara o fazendeiro.
A conversa do fazendeiro foi gravada com autorização da justiça. As escutas deram pistas para que os policiais chegassem à fazenda no Pantanal onde estava acontecendo um safári. O flagrante foi na semana passada. Onze homens foram presos.
Um fim inesperado para o paraguaio e os quatro argentinos que esperavam se divertir caçando no Brasil. Eliseu Sicoli e Marco Antônio Melo vendiam o pacote de caça à onça.
De preferência a pintada, mais rara. Na falta dela, a parda. As duas na lista de animais em extinção no Brasil.
A agenda dos caçadores estava sempre cheia. Entre os clientes, muitos estrangeiros.
A quadrilha ganhava por animal morto. Para matar uma onça pintada, por exemplo, cada caçador desembolsava cerca de US$ 1500.
O grupo caçava em três estados, no Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Os caçadores usavam armas caras, novas e potentes.
“Esse aqui é o revólver calibre 38, para você ter uma noção do tamanho das munições. São munições de altíssima potência”, afirma o agente federal Paulo André Norte. Ele conta que essa arma é capaz de derrubar qualquer animal.
As onças eram abatidas sem perdão. Mesmo que tivesse filhotes, como mostram algumas fotos. Todas guardadas como registros cruéis.
“Não existe explicação para um prazer mórbido deste de abater o animal por abater. Eles tiravam centenas de fotos e na maioria das vezes tirava o couro para guardar como troféu”, diz o delegado da Polícia Federal, Alexandre do Nascimento.
Em uma das ligações, o cliente aponta defeitos no couro curtido. O negociador pede calma, garante que vai substituir e explica como. “Na verdade é o seguinte, tem duas fêmeas, uma que morreu, e a outra que está viva. Eu pensei até em dar um jeito dela morrer no meio do transporte”, diz um caçador.
No terreno onde estão os cães que foram apreendidos com os caçadores, perguntamos à Gilberto Costa, chefe do Ibama/MS, que raça que são estes cães: “Estes cães são da raça Fox Hound americano, que é empregado justamente para fazer este tipo de caça”.
Fantástico- Parece que tem alguns porcos neste terreno. Se a gente assoviar, eles já vão caçar?
“Provavelmente que sim. Vamos testar.”
Fantástico - Gilberto, eles não mordem. Eles só acuam?
“Na verdade é aquilo, eles tentam imobilizar a presa quando vai no chão.”
Fantástico- Mas o porco está bem?
“Está, felizmente.”
Os cães eram treinados por Marco Antônio, preso na operação. Ele é filho de um personagem-chave nessa história: um certo “Tonho da Onça”, hoje procurado pela polícia. Era apresentado pelo filho como funcionário do Ibama. O que seria uma garantia de que os clientes poderiam caçar sem ser importunados pelas autoridades.
Mas Tonho da Onça nunca trabalhou para o Ibama. Para o público em geral, ele costumava se apresentar como um ex-caçador que mudou de lado. Dizia ajudar ambientalistas a capturar onças e colocar um equipamento capaz de dar a localização exata do animal, como na reportagem, gravada há 14 anos.
Um ano depois da reportagem, a onça protegida foi morta por caçadores. O colar emite sinais de rádio que são recebidos e armazenados nos computadores dos ambientalistas. A polícia não acredita que Tonho tivesse acesso a estas informações. Mesmo assim, no ano passado três onças com o equipamento foram mortas por caçadores.
“Eu diria que o personagem que saiu do quadrinho e veio para a realidade. Esse é o verdadeiro amigo da onça”, diz Gilberto.
Pela gravidade dos crimes, os onze presos não têm data para sair da cadeia. As buscas pelo Tonho da Onça continuam. “Ele está escondido no Pantanal, na região que ele mais atuava e estamos à procura dele”, afirma um policial.
Mesmo com as prisões, os ambientalistas acham que ainda não é o fim das caçadas.
“A questão do Pantanal, existe uma tradição de caça de onças. A gente tem esperança que antes que acabe o bicho a gente consiga mudar alguns padrões tradicionais”, diz o coordenador executivo da ONG pró-carnívoros, Ricardo Bulhosa.
FONTE: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1610453-15605,00.html
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